ANDANÇAS

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Percorrido pela Occitana francesa – Parte 2

 Cidade e castelo de Montsegur

O castelo de Montsegur está a 1207 metros de altitude, na parte mais alta da formação rochosa chamada pog. Ainda que tenha sido construído no final do século XII, a zona esteve habitada desde uns quatro mil anos a.C.

No começo do século XIII converteu-se na sede da igreja cátara e no refúgio dos senhores perseguidos pela cruzada organizada contra este povo. Foi um dos últimos lugares atacados por ordem do Papa e do rei da França, e em 1243 mais de 1.000 cátaros foram queimados na fogueira.

Embaixo do castelo há um estacionamento para deixar o carro e adquirir o ingresso para visitar o castelo, que custa ao redor de 6 euros. É recomendável levar calçado confortável e água. No caminho você encontrarão um monumento em lembrança dos cátaros queimados no conhecido como “Camps des cremats”.

Este é um dos muitos castelos templários que se podem visitar na Occitana, como Lastours, Quéribus ou Peyrepertuse, entre outros.

A cidadezinha de Montsegur é muito bonita e tem um museu que se pode visitar com o ingresso ao castelo. Eu recomendo comer no hotel Couquet.

 Vista de una montaña

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Mirepoix

Perto de Montsegur está esta bonita cidadezinha de estilo medieval. A praça está rodeada de casas sobre galerias de madeira e cheia de lojas e cafeterias, e nas segundas pela manhã se organiza ali o seu mercado tradicional. A cidade também tem uma catedral dedicada a San Maurice.

Imagen que contiene edificio, exterior, tren, coche

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Minerve

A cidade medieval de Minerve está no meio de uma impressionante paisagem no alto de uma formação rochosa. A magnífica ponte-viaduto une as gargantas escavadas na rocha calcária, e pode lembrar-lhe a cidade espanhola de Ronda. A cidade só pode ser acedida de carro se você é residente, assim que é necessário estacionar no parking habilitado fora, que custa 3 euros por dia.

Minerve foi um dos principais refúgios dos cátaros devido a suas defesas naturais, sua dupla muralha e o castelo que defendia o único acesso. Foi assediada com quatro catapultas, uma delas que ainda se pode ver se chamava Malvoisine (o mau vizinho) e estava dirigida ao poço de água. Finalmente os habitantes não aguentaram o calor e a falta de comida e água e renderam-se. Os refugiados cátaros da cidade foram queimados na primeira grande fogueira da cruzada. 

É muito agradável passear pelas ruas empedradas e visitar o museu dedicado à paleontologia e arqueologia, assim como o museu Hurepel, que reproduz com figuras de barro a história da cruzada contra os cátaros. Na Rua des Remparts está a emblemática escultura da pomba de luz, dedicada aos cátaros que morreram na fogueira.

Ao redor, a natureza é impressionante com tuneis escavados na rocha e percorridos por dois rios. Na primeira ponte natural (“grand pont”) você vai precisar a lanterna do celular porque é comprida e escura, e você pode continuar até a segunda ponte (“petite pont”) que é mais curta e tem um acesso menor, mas é muito bonita também. Em geral, é um lugar muito recomendável para fazer trilha, mas é importante que o calçado seja confortável porque há muitas pedras no caminho.

Un castillo en una montaña

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Albi

A bela cidade de Albi está formada por quatro bairros históricos, que rodeiam a catedral e o palácio episcopal. O bairro de Castelviel, frente à torre da catedral, é a origem da cidade, com praças e casas medievais de madeira e ruas estreitas. O Castelnau simboliza o desenvolvimento moderno da cidade. O Caseiro de Saint-Salvi, que tem forma de roda e rodeia a colegiada e o claustro de Saint-Salvi, combina arquitetura românica e gótica. E por último, o bairro das Combes e a beira do rio Tarn, incluída a Pont-vieux, refletem a prosperidade comercial da cidade durante o período medieval.

No posto de informações turísticas você pode comprar o City Pass, que inclui a visita à catedral com audioguia, o ingresso para o museu de Toulouse Lautrec, assim como outros descontos. Custa 16 euros e quando você retorna o cartão recebe 1 euro de volta.

A Catedral de Sainte-Cécile d'Albi é a maior catedral de tijolos do mundo. Por fora é enorme e nada bonita, mas por dentro impressiona por suas pinturas e cores. É recomendável fazer a visita com guia ou audioguia para desfrutar de todos os detalhes.

O Palacio Berbie é o antigo palácio episcopal, declarado patrimônio da humanidade, e é a sede do museu Toulouse-Lautrec com a maior coleção de obras do pintor. Construído no século XIII sobre o rio Tarn, ele se caracteriza por sua arquitetura militar que reflete o poder dos bispos da cidade. É muito bonito passear por seus jardins e desfrutar das vistas do Tarn.

A colegiada de Saint-Salvi do século XI leva o nome do primeiro bispo da cidade e é uma das maiores igrejas românicas da região. No claustro é possível descansar tranquilamente nas espreguiçadeiras a disposição dos visitantes.

A ponte velha de Albi, considerada como monumento pela Unesco, é uma das últimas pontes medievais que ainda tem tráfego. A ponte era o ponto de entrada para as mercadorias que viajavam por todo o país e permitia o cobro de pedágio.

Você também pode visitar a Maison du Vieil Alby, antiga casa medieval de madeira, ou o mercado coberto.

Para comer eu recomendo qualquer dos restaurantes da praça da catedral, como o Jardim de L’Archeveche.

Un dibujo de una iglesia

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Un castillo en un río

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Toulouse

Toulouse é conhecida como a cidade rosa pela cor dos seus edifícios, que estão feitos de tijolos dessa cor. A lenda conta que os tijolos substituíram a madeira depois de que um grande incêndio iniciado numa padaria quase destruiu a cidade, como um cartaz comemorativo nos lembra na rua Maletache. Na cidade também predomina a cor violeta, devido à flor da violeta que se cultiva ali, assim como a cor azul pastel típica das portas e janelas. A cidade se torneu rica durante o Renascimento graças à planta Isatis tinctoria cultivada na zona, que produzia uma tinta azul muito valorada pelas classes altas da Europa para dar cor a suas roupas e casas. Esta tinta era muito cara é era símbolo de riqueza e prosperidade, até o descobrimento da América quando foi substituída por tinturas mais baratas trazidas do novo mundo, momento em que a cidade entrou em decadência.

Eu recomendo fazer um free tour para conhecer bem a história de Toulouse e seus principais monumentos como a Praça do Capitolio, a Prefeitura de acesso gratuito ou a ópera. Detrás do Capitolio está o posto de informações turísticas situado no Donjon, a torre medieval que fosse a masmorra da cidade. Frente a esta torre nos sábados se celebra um mercado ecológico.

Entre os edifícios religiosos destacam o convento dos Jacobinos, o museu dos Agustinos com seu belo claustro, a Basílica da Daurade com a sua virgem negra ou a catedral de San Etienne, que parece estar feita por uma criança e onde nada está no seu lugar. Mas a construção religiosa mais famosa é a Basílica de San Sernín, o maior templo românico da Europa dedicado ao padroeiro da cidade. San Saturnino ou San Sernín foi enterrado ali depois de ser morto arrastrado por um touro pela rua do Taur, quando foi acusado pelos romanos de ser o culpado de que o deus Júpiter não escutara os seus pedidos. A basílica está situada no caminho de Santiago e forma parte do Patrimônio Mundial da UNESCO. Destaca pela sua torre octogonal ou a cripta onde a santo foi enterrado.

Toulouse está cheia de bonitas praças, jardins e edifícios senhoriais, como a Place St-George, o Hotel Lagarde ou o mercado Victor Hugo. É uma cidade universitária com muito ambiente, cheia de estudantes e pessoas dedicadas à aviação, já que é a maior fábrica de Airbus está situada ali. É típico ver os aviões belugas voar pelo céu da cidade, levando peças para a construção de aviões em outros pontos do mundo. Mas o mais bonito é desfrutar do entardecer na beira do rio Garona.

Ou recomendo comer o prato do dia na Santine ou em Le Comptoir du Taur, ou provar os crepes na Creperi St. Georges.

 

Un atardecer en un puente sobre un cuerpo de agua

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Iglesia de piedra

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Cordes-sur-Ciel

Para mim é uma das cidadezinhas mais bonitas da França, com ruas e casas de pedra. É conhecida por suas lojas de artesanato. Seu nome lembra a sua proximidade ao céu porque está construída no alto de uma formação rochosa. Eu recomendo levar calçado confortável porque é difícil caminhar pelas ruas empedradas e porque a cidade está numa ladeira com uma grande inclinação para subir ou descer. Não há muitos lugares para comer, assim que eu recomendo reservar para não ter que esperar.

Casa en medio de un bosque

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 Viageira Marta 

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