Para percorrer a Occitana desde a Espanha você pode ir de carro ou de avião até Toulouse e ali alugar um carro, que foi o que nós fizemos.
Carcapass
Uma boa opção para
visitar Carcaçona e seus arredores é adquirir o cartão Carcapass. Custa 6 euros
ou pode ser gratuito com a compra de uma visita guiada e permite conhecer os
principais lugares de interesse a preços reduzidos. Se pode conseguir por
internet ou nos postos de informações turísticas.
Canal
du Midi
Este canal está
declarado patrimônio mundial da Unesco. Foi construído de 1667 a 1681 por ordem
do rei Luís XIV, que teve o sonho não cumprido de unir o Atlântico e o
Mediterrâneo. Com 240 quilômetros de comprimento, percorre a região da Occitana
desde o Mediterrâneo até Toulouse. Atualmente é um dos canais mais antigos da
Europa que ainda está ativo. É possível alugar um barco sem licença para
navegar pelo canal ou seguir seu curso a pé ou de bicicleta.
Rennes
le Chateau
Esta cidade da Occitana francesa se tornou famosa em 1885, com a chegada dum novo sacerdote: Bérenger Saunière. De 1885 a 1917, ele renovou o presbitério e a igreja dedicada a María Magdalena, e comprou os terrenos adjacentes para construir a Vila Betania, a Torre Magdala e a Torre de Cristal. Segundo a lenda, ele pôde fazer tudo isto graças ao tesouro que ele descobriu debaixo da lápide dos cavaleiros. Alguns falam de moedas de ouro e outros de documentos que continham um grande segredo histórico relacionado com a María Magdalena e os cavaleiros templários. O sacerdote morou lá com a sua donzela até a sua morte, e anos depois o recinto foi convertido num museu onde, além das construções antes mencionadas, você pode visitar os jardins, a lápide dos cavaleiros e o pilar carolíngio.
Além do museu você
pode percorrer a cidadezinha, que está cheia de lojas de artesanato. Para comer
eu recomendo o restaurante Le Bistro des Amis, onde você também pode comprar
arte local.
Narbona
É a cidade romana mais
antiga da atual França, conhecida por apoiar a perseguição do povo cátaro.
O centro histórico, La
Cité, é pequeno e agradável de percorrer a pé. A catedral de Narbona está
dedicada aos santos Justo e Pastor é a terceira catedral gótica mais alta da
França, ainda que não tenha chegado a ser tão alta como estava prevista porque
nunca foi terminada. Ao lado da catedral se pode descobrir a outra joia da
cidade: o antigo palácio arcebispal de Narbona. Ali você pode visitar algumas
das suas salas, pátios e dois museus: o museu de arte e o museu arqueológico. Entre
a catedral e o palácio está o jardim dos arcebispos, com seu relógio solar e o
claustro do século XIV.
Uma das visitas mais
curiosas de Narbona é ao “horreum”, as galerias subterrâneas do século I a.C.
que os romanos usaram como depósitos, já que ficavam perto do antigo mercado.
É agradável passear
pela ribeira do canal de La Robine, uma zona cheia de bares e onde se organiza
um mercado local nas quintas e nos domingos pela manhã.
Cruzando o canal, e
unindo La Cité com Le Bourg, está a ponte dos mercantes completamente flanqueada
por edifícios, como a Ponte Vecchio de Florencia, e cheia de lojas. Está
protegida pela UNESCO e por ela passava a Via Domitia romana que unia a
península itálica e a ibérica.
Ao lado da ribeira
está o mercado coberto, Les Halles, para comprar produtos locais como enguias, azeitonas,
bolos, mel ou ostras de leucat.
Beziers
«Matar todos, Deus
reconhecerá os seus» é a famosa frase do abade Arnaud Amalric durante a cruzada
contra os cátaros no sul da França, seguindo as ordens do Papa Inocencio III. No
ano 1209 os cruzados assediaram a cidade de Béziers, refúgio de numerosos
cátaros declarados por Roma como hereges. Sem piedade nem clemência os cátaros
foram todos mortos ou queimados vivos dentro da igreja de María Madgalena.
A catedral de
Saint-Nazaire é o principal templo gótico da cidade. Você pode fazer a melhor
foto de Béziers desde o estacionamento gratuito ao lado do rio Orb, e desde
onde é possível admirar a cidade desde a sua entrada pela Ponte Velha de origem
medieval.
Nós gostamos de comer em
L’Orangerie.
Carcaçona
Cidadela medieval
rodeada de doble muralha de três quilômetros e 52 torres. A muralha interior
foi construída na época galo-romana ao final do século III, e a exterior foi
construída no século XIII por ordem de Felipe III. O espaço entre as duas
muralhas era uma excelente proteção quando os atacantes superavam a primeira
muralha, e hoje se pode percorrer a pé, olhando todas as torres e as 4 portas
principais de acesso, situada cada uma de elas num ponto cardinal.
A Basílica de
Saint-Nazaire, que começou a se construir no século XI em estilo românico e
terminou no século XIV em gótico, é outro dos lugares mais bonitos de Carcaçona,
destacando as suas magníficas vitrais dos séculos XIII e XIV.
A Porta de Narbona do
século XIII é a entrada principal da cidadela, usada pela maioria dos turistas
já que tem um estacionamento justo na frente. Desde a parte baixa da cidade é
possível ver o curioso efeito óptico da Porta de Aude, pintada com círculos
concêntricos amarelos para uma exposição em 2018.
O Castelo Condal é o
edifício mais importante, construído pelos viscondes de Trancavel no século
XII. Era o último bastião defensivo da cidade, com 9 torres de vigilância e 4
andares, sua capela românica, a barbacã e o fosso que rodeia o castelo.
É bonito passear pelas
ruas medievais e olhar as casas de pedra e madeira e visitar as lojas de
artesanato. No verão eles também organizam lutas de cavaleiros.
Eu recomendo fazer uma
visita guiada e provar o prato típico de Carcaçona: a cassoulet, com feijões
brancos e carne.
Entre o Canal du Midi
e a cidadela está a Cidade Nova, conhecida como a Bastida de San Luis e
construída no século XVIII. Nas terças, quintas e sábados pela manhã na Praça
Carnot se organizam mercados com produtos locais. Também pode visitar a Porta
dos Jacobinos, a Catedral Saint-Michel, a rua George Clemenceau ou a igreja de
San Vicente.
Desde a ponte que une
a Bastida de San Luis e a cidadela medieval você pode fazer uma foto muito
bonita da cidadela iluminada pela noite.
Abadia
de Saint Hilaire
Está perto de
Carcaçona e tem preço reduzido com o Carcapass. Nesta abadia em 1531 os monges
inventaram o primeiro vinho efervescente do mundo, o Blanquette, considerado
como a origem do champagne. No seu interior se encontra o sarcófago de
Saint-Sernin, uma obra maestra de Amo de Cabestany.
Nenhum comentário:
Postar um comentário